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G2A, está na hora de acordar!


Recentemente uma localizadora de jogos chamada MangaGamer, especializada em trazer visual novels adultos que alguns de nós preferem chamar de waifu simulators, decidiu presentear seus compradores com chaves gratuitas. Dois anos de promoção se passaram e um hacker aparentemente usou cartões de crédito roubados para comprar centenas de cópias de jogos. Esse golpe custou a MangaGamer dezenas de milhares de dólares, isso porque os donos desses cartões exigem estorno e é a empresa que vendeu as chaves originalmente que precisa pagar pelos custos. E por que o hacker comprou? Para vender as chaves no mercado virtual G2A.


Mas vamos lá, vamos esclarecer a diferença entre mercado loja virtual de PC. Steam, GOG, Uplay, Green Man Gaming, Gamersgate, Nuuvem, e Origin. Todos eles funcionam da mesma forma. O desenvolvedor e a distribuidora controlam o preço e recebem a maior fatia da venda. Já um mercado virtual é tipo o Kinguin, Mercado Livre, eBay, etc. Os usuários vão lá e colocam o preço que eles querem porque eles que forneceram as chaves.


Ou seja, o indivíduo conseguiu uma chave que não quis e decidiu revender por um preço bem menor do que o valor do jogo. Ao vender uma chave dessas a G2A exibe títulos por valores absurdamente inferiores aos preços convencionais das lojas virtuais. É legal e tal, você pode fazer uma grana extra com chaves que são inúteis pra você e alguém fica feliz porque comprou o jogo com desconto. Só que, aí temos um problema, nem todas as chaves chegaram lá assim e não dá pra saber de onde elas vieram.


A G2A já foi criticada anteriormente por conta do descaso da empresa. A própria tinyBuild foi alvo mês passado desse tipo de problema ao perceber que mais de 450 mil dólares foram perdidos em vendas de cópias fraudulentas dos seus jogos. Se alguém compra com um cartão de crédito roubado e o dono real pede estorno quem precisa pagar o pato é o desenvolvedor/distribuidor. A G2A parece não se preocupar com esse tipo de situação porque não afeta o bolso dela. Mas depois de muito fogo cruzado na imprensa, algumas das soluções foram a criação de um programa chamado G2A Direct em que os desenvolvedores recebem 10% das vendas no site e algumas semanas depois a autenticação do vendedor incluindo verificação de número telefônico.


Vamos falar de propaganda enganosa

Tem tanta coisa errada nessa propaganda acima que eu nem preciso fazer piada


Agora voltando ao caso MangaGamer. Como eles descobriram tinham um problema? Porque um único IP tentou comprar 30 cópias de um mesmo jogo deles. O que não é normal, daí eles baniram a conta e outra surgiu. Cartão diferente e com um volume maior ainda de jogos. Eles contataram a empresa responsável pelas vendas e perceberam que os cartões eram roubados. Cada vez que uma compra dessas precisa ser estornada a MangaGamer precisa pagar 30 dólares. Ou seja, para cada jogo de 40 dólares eles perdem 70. Então, com 100 cópias são 3.000 dólares e 30 mil se forem 1.000 chaves.


O site Humble Bundle já teve que desembolsar 34 mil dólares numa leva de estornos por conta de um período promocional de 24 horas! Semana passada o site revelou como eles aprenderam ao longos dos anos e estão impedindo este tipo de ação fraudulenta.


Daí vem a cereja no bolo. Quem era o responsável por isso? Um brasileiro chamado Vitor Reis. Ele foi no Facebook da MangaGamer e aos risos provou que ele era o responsável pelas compras ilegais. Disse que sinceramente ele faz isso o tempo todo. O inglês dele não era bom e estava claramente copiando e colando as respostas através de um tradutor. Ele concordou conversar porque não tinha nada a esconder já que ele é um "hacker famoso" no Brasil, líder do grupo Proto Wave.


Ele disse que hackear não ajuda o Brasil, mas ajuda as pessoas a protestarem. Isso não justifica a ação dele ao comprar joguinhos de anime para adultos com cartões falsos, mas am motivação é clara: "Raramente alguém é pego por esse tipo de crime. É fácil e muito simples, em poucos minutos você esconde o seu rastro e nem precisa de uma arma para roubar, só dedos e paciência."


No ano passado a Ubisoft desativou diversas chaves que foram compradas em lojas como a G2A e o furor das pessoas foi tão grande que eles deixaram as chaves ativas. Sniper Elite também desativou chaves no passado e as pessoas também ficaram revoltadas. Quando a MangaGamer desativou as chaves, ninguém falou nada.


Vitor disse que fez mais de 500 dólares vendendo as chaves roubadas. Ele disse que a G2A é um dos grandes sites para vender chaves roubadas, e ainda citou outro. Sem burocracia, rápido e fácil. Ele disse também que estava abusando de uma falha de segurança mas que não é nenhum Robin Hood. "Para falar a verdade eu sinto pena, eu poupei a MangaGamer, o prejuízo podia ser maior".


A conclusão é clara, não comprem em mercados virtuais. Comprem em lojas virtuais licenciadas, enquanto a G2A, Kinguin e outros não estiverem fornecendo formas de proteger o desenvolvedor a única solução será não recorrer a esse tipo de site.


Fonte: Kotaku

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